domingo, 25 de setembro de 2016

DESENVOLVIMENTO HUMANO? FMI EM SÃO TOMÉ QUER SEMEAR MAIS DIFICULDADES



O FMI está em São Tomé há alguns dias. Vai ali ficar até aos primeiros dias de Outubro. Já diz que quer "esforços redobrados" do governo para cumprir metas. 

Aos são-tomenses vai acontecer mais exploração, mais carências que as atualmente existentes. Tudo isso apesar de Patrice Trovoada, primeiro-ministro repleto de poderes, usar na sua propaganda o chavão do desenvolvimento humano que já está em curso e irá acelerar no futuro. Afirmou-o há poucos dias em entrevista e também no seu discurso na ONU.

O melhor é esperarmos sentados, para ver onde vai desembocar o tal propagandeado “desenvolvimento humano” tão referido pelo PM santomense. Pelo descrédito que Patrice inspira pode ser que infelizmente se confirme mais uma balela de Patrice. A ver vamos e cá estaremos atentos no PG.

Da parte do FMI nada de melhor para os povos devemos esperar, antes pelo contrário. É o que se tem visto, vivido e sentido. (PG)

FMI quer "esforço redobrado" do Governo são-tomense para cumprir metas

Fundo Monetário Internacional (FMI) está em S. Tomé e Príncipe numa missão de 15 dias para uma segunda avaliação do programa que tem com aquele arquipélago lusófono.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) recomendou ao Governo são-tomense que faça "um esforço redobrado" a nível fiscal para atingir as metas que a instituição quer cumpridas até dezembro.

"Já se constatou que a nível fiscal é necessário um esforço redobrado para se conseguirem atingir as metas que estão estabelecidas para dezembro e do ponto de vista das reformas estruturais, é necessário fazê-las desenvolver um pouco mais rapidamente", afirmou David Owen, vice-diretor do Departamento África do FMI.

O FMI iniciou segunda-feira (19.09) uma missão de 15 dias ao arquipélago para uma segunda avaliação do programa que tem com o país.

"Basicamente estamos a fazer uma avaliação daquilo que foi conseguido até ao mês de junho, nomeadamente no setor monetário e fiscal, ver que progressos é que foram alcançados", explicou o responsável do FMI, que se reuniu no ministério são-tomense das Finanças com uma equipa integrada por representantes das direções do tesouro, orçamento, imposto, alfândegas e contabilidade.

Falta de cumprimento das metas fixadas

O Fundo Monetário Internacional constatou a falta de cumprimento pelas autoridades são-tomenses das metas fixadas para os meses de janeiro a junho e o Governo são-tomense justificou o aumento das despesas com o período eleitoral.

"Nós temos a plena consciência que este ano foi um ano um pouco difícil, é um ano eleitoral e em qualquer país do mundo o ano eleitoral é caracterizado por uma pressão sobre as despesas, mas nós temos a situação mais ou menos controlada", argumentou o ministro das Finanças e Administração pública, Américo Ramos.

"Reconhecemos que no primeiro semestre tivemos que fazer mais despesas, mas no segundo semestre tivemos que tomar as medidas para que consigamos atingir a meta do final do ano", acrescentou Américo Ramos.

O vice-diretor do Departamento Áfricado FMI disse que vários países africanos têm-se confrontado com problemas de "um grande abrandamento da economia e das suas exportações", mas reconhece que "felizmente em São Tomé o crescimento tem-se mantido bastante estável".

Lusa / ar – Deutsche Welle

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