quinta-feira, 20 de abril de 2017

TRÊS MORTOS EM TIROTEIO EM PARIS


Atacante, que foi abatido, abriu fogo sobre um carro das autoridades. Dois polícias morreram

Dois polícias foram mortos e um está ferido após um tiroteio em Paris, esta quinta-feira, nos Campos Elísios. A avenida foi evacuada e está encerrada.

De acordo com a Reuters, testemunhas viram um homem sair de um carro e disparar uma metralhadora contra um carro das autoridades, matando um polícia. Depois tentou fugir a pé, tendo sido atingido e morto durante o tiroteio.

Durante a fuga, na troca de tiros, feriu outros dois polícias. O atacante era referenciado pelas autoridades, de acordo com várias fontes.

Segundo fonte da polícia, citada pela Sky News, foram escutados disparos numa segunda localização em Paris, perto do local onde ocorreu o tiroteio.

Está a ocorrer uma operação de "desminagem" ao carro usado pelos atacantes.

Testemunhas ouvidas pela BFM TV falam em dois atacantes. Um deles foi abatido, mas outro está ainda em fuga, e estará refugiado num parque subterrâneo.

Porta-voz do ministério do Interior já confirmou a morte de um polícia e de um dos atacantes.

A polícia não descarta nenhuma possibilidade, seja "crime ou terrorismo". A Sky News diz que as autoridades estão a tratar o acidente como um "possível ataque terrorista", e um helicóptero está a sobrevoar a área, onde estão vinte carrinhas da brigada de intervenção.

A troca de tiros aconteceu perto da cadeia de lojas Marks & Spencer. Todas as lojas da avenida foram fechadas.

A maior parte das ruas próximas do local estão fechadas e três estações de metro, George V, Franklin Roosevelt e Champs-Elysees-Clemenceau, foram fechadas por motivos de segurança.

Os principais atores políticos já estão a reagir no Twitter, enviando mensagens de condolências.

Detidos a 18 de abril

Na terça-feira, dois homens de 23 e 29 anos, suspeitos de prepararem um atentado "iminente", foram detidos em Marselha, no sul de França.

Os dois homens são "suspeitos de uma iminente passagem à ação", precisou uma das fontes.

Os suspeitos foram detidos pelos serviços de informação internos no quadro de uma investigação por associação criminosa terrorista, aberta em Paris.

Os dois detidos tinham um projeto de atentado para "os próximos dias em solo francês", disse o ministro do Interior, Matthias Fekl, numa conferência de imprensa.

Buscas em Marselha permitiram encontrar "elementos para materializar o ataque" e estão em curso "operações de segurança", adiantou.

Os dois homens eram "conhecidos devido à sua radicalização" e já estiveram presos por factos sem caráter terrorista, segundo uma fonte próxima da investigação.

"Tudo está a ser feito para garantir a segurança deste grande evento para a nossa República" que é a eleição presidencial, assegurou o ministro, assinalando "um risco terrorista que continua a ser maior que nunca".

Mais de 50.000 polícias, apoiados pelos militares da operação Sentinela, serão mobilizados para garantir a segurança das eleições no domingo, nomeadamente nos 67.000 locais de voto.
A França tem sido particularmente visada por atentados terroristas, fazendo parte dos países que intervêm na Síria contra o grupo extremista Estado Islâmico. Os dois últimos ataques visaram militares, embora sem os matar, no museu do Louvre e no aeroporto de Orly, em Paris.

Cinco projetos de atentados foram descobertos desde o início do ano, enquanto o ano passado o seu número foi de 17, disse em março o anterior ministro do Interior, Bernard Cazeneuve.

Instaurado após os atentados de 13 de novembro de 2015 em Paris, que causaram 130 mortos, o estado de emergência tem vindo a ser prolongado e está em vigor até ao verão, tendo em conta as presidenciais e as legislativas em junho.

Diário de Notícias | Foto REUTERS/Christian Hartmann

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